Flores do Meu Jardim

sábado, 30 de março de 2013

Oração da Gestante


Olá meus amores,


Esta linda oração é para que todas a meninas que já estão gerando seu milagre!





Muitos beijinhos!



Milena Oliveira



segunda-feira, 25 de março de 2013

Alimentação saudável na gravidez...




Olá meus amores,

Agora você carrega no ventre o seu maior tesouro, seu corpo é proteção desse tesouro, então vamos ver algumas dicas de alimentação para fortalecer seu organismo e proteger seu bebê.

Assim que descobre que está grávida, todas as suas atitudes passam a influenciar diretamente na sua saúde e na do seu bebê. A escolha dos alimentos na gravidez é uma das mais importantes formas de garantir que seu filho seja saudável. Uma nova pesquisa japonesa, publicada na revista médica Allergy, comprovou que incluir frutas, verduras e legumes no cardápio protegem o bebê contra diferentes tipos de alergias. 


Segundo os cientistas, os alimentos ricos em betacaroteno, como os vegetais verdes e amarelos e as frutas cítricas reduzem os riscos de o bebê ter eczema, um tipo de alergia de pele. Já, os alimentos com vitamina E, como amêndoas, castanhas e milho diminuem as chances de seu filho desenvolver alergias respiratórias. Para chegar a esse resultado, os cientistas avaliaram a alimentação de 763 mulheres durante a gestação, em seguida, analisaram a presença de sintomas alérgicos em seus filhos. O resultado mostrou que os bebês das mães que consumiram mais betacaroteno e vitamina E eram mais saudáveis. Confira o que vale a pena ter no seu cardápio como regra e o que é melhor evitar. 

1 – Tome ácido fólico
Segundo especialistas, o ideal é que toda mulher em período fértil tome 400 mcg (microgramas) de ácido fólico todos os dias, principalmente três meses antes de engravidar - e continuem com o suplemento durante o primeiro trimestre da gravidez. O folato (ácido fólico), uma vitamina do complexo B, é fundamental para que a coluna do bebê se desenvolva corretamente, o que acontece nas primeiras quatro semanas de gestação, evitando defeitos do tubo neural, como falha no desenvolvimento do cérebro e medula espinhal. Além disso, estudos mostram que ele reduz também o risco de problemas cardíacos congênitos no bebê e a chance de um parto prematuro. Alguns alimentos, como os vegetais verde-escuros, caso do brócolis, contém esse nutriente, mas não em quantidade suficiente. Por isso, o composto vitamínico é essencial. 


2 – Não coma por dois 
Isso não quer dizer que você deva fazer regime na gravidez. Longe disso. Ao controlar o que você come, com uma dieta equilibrada, você está preservando não apenas a sua saúde, mas também a do bebê. Estudos mostram que a obesidade da mãe, que pode ter como consequências diabetes gestacional e pré-eclampsia, aumenta o risco de o bebê nascer com peso acima do normal e de a criança ter problemas metabólicos e de obesidade já na primeira infância. 


3 – Inclua peixes, frutas e gorduras boas na dieta
Estudos revelam que mães que optam por uma alimentação rica nesses nutrientes previnem os filhos de ter asma e outras alergias. “Alguns nutrientes da dieta mediterrânea têm capacidade anti-inflamatória e antioxidante - como o tipo de gordura (ácido graxo e ômega-3), frutas, vitaminas -, diferentes daqueles com potencial alérgeno e inflamatório existentes na dieta ocidental, como os óleos de milho, soja e girassol (ômega-6)”, diz Celso Cukier, nutrólogo do Hospital Albert Einstein. É nessa troca que pode estar a explicação para a redução do risco de alergia das crianças. E os benefícios se estendem ainda mais. Estudo realizado por Departamentos de Medicina dos Estados Unidos e da Dinamarca afirma que o ácido graxo ômega-3 encontrado nos peixes são importantes para a inteligência e o crescimento dos bebês. 


4 – Fique longe de bebidas alcoólicas
O consumo de álcool durante a gravidez pode significar alterações cerebrais e outras malformações no bebê, algumas até irreversíveis. Pesquisas mostram que beber regularmente na gestação pode prejudicar a visão do feto – levando a criança a enxergar mal ou, pior, ficar cega. Outros danos também foram comprovados, como no desenvolvimento neurológico do bebê, o que pode comprometer para sempre a vida da criança no futuro. 


5 – Reduza o consumo de cafeína
Estudos indicam que o consumo de mais de quatro xícaras de café por dia pode estar associado a bebês de baixo peso, além de afetar o sistema respiratório do feto. Isso porque, acredita-se que a cafeína atravessa facilmente a barreira placentária, chegando até o bebê. Para o obstetra Ricardo Gonçalves Alanda, a redução no consumo de cafeína durante a gestação é fundamental, mas a grávida não precisa se desesperar. "Ingerir uma quantidade alta de cafeína é prejudicial. Mas a gestante não precisa deixar de comer chocolate quando estiver com vontade. O que deve estar em mente é a dosagem. A palavra-chave é moderação", afirma. 


6 – Coma fibras
 Vegetais, frutas e cereais integrais devem estar presentes na sua dieta. Elas regulam todo o organismo, e agem principalmente no intestino, evitando a prisão de ventre, além de controlar o colesterol e os níveis de açúcar no sangue, o que ajuda a prevenir a diabetes gestacional. Estudo americano sugere que as fibras reduzem ainda a chance de a grávida desenvolver pré-eclâmpsia. A nutricionista Tânia Rodrigues aconselha que as gestantes consumam, pelo menos, 20 gramas de fibra todo dia, o que corresponde, por exemplo, a dois pratos de sobremesa de salada de folhas ou cinco frutas. As fibras também estão no arroz, pão integral, feijão e legumes. 


A linhaça, por exemplo, pode, e deve, ser um item obrigatório na sua alimentação. A semente, rica em ômega 3, ômega 6 e fibras, também ajuda o seu intestino a funcionar melhor e auxilia na formação do cérebro e da retina do bebê. Outro benefício, comprovado por estudiosos, é que mulheres que ingerem a semente durante a gravidez e a amamentação têm filhos com mais facilidade de compreensão e memória. “A ação antioxidante da linhaça no desenvolvimento cerebral da criança e ela tem mais facilidade para se concentrar", afirma Daniella Galego, nutricionista do Hospital Sírio Libanês. 

7 – Tome mais leite
A necessidade diária de cálcio durante a gravidez aumenta 20%. Como o nutriente é imprescindível para a formação dos ossos e dentes do bebê, o próprio organismo da mãe absorve-o em maior quantidade nesse período. O ideal é ingerir quatro copos de leite por dia para suprir as necessidades de cálcio. É importante sempre optar pelo pasteurizado por não ter risco de conter micro organismos e bactérias. 


8 – Fique longe de bactérias
Alguns alimentos devem ser excluídos do seu cardápio durante a gestação, como é o caso de peixes e carnes cruas. Doenças contraídas deles são especialmente perigosas. Um exemplo é a toxoplasmose, que coloca em risco a saúde do feto, provocando anomalias irreversíveis. Mel e palmito merecem atenção especial. Escolha o mel que tenha o selo SIF (Selo de Inspeção Federal), que garante sua qualidade e procedência. O caseiro pode conter bactérias, como as que causam o botulismo, infecção que compromete o sistema nervoso e pode levar à morte. O mesmo ocorre com o palmito, que deve ser fervido por dez minutos antes do consumo. 



9 – Lembre-se dos alimentos com ferro
Esse sal mineral é essencial para a formação de alguns elementos do sangue, como a hemoglobina, presente nas células vermelhas. É a hemoglobina que transporta nutrientes e oxigênio para todas as células do organismo e, quando há carência de ferro, sua produção diminui. O resultado pode ser uma anemia. Durante a gestação, ela pode trazer consequências sérias para o bebê, pois diminui a oxigenação e a nutrição da placenta ficam reduzidas, colocando em risco o desenvolvimento do bebê, que poderá nascer com baixo peso. Esse nutriente está presente na carne vermelha, por exemplo. Para melhorar a absorção de ferro no organismo, combine alimentos ricos nesse nutriente com aqueles que têm vitamina C, como laranja, limão, pimentão. 


10 – Consuma colina
Esse nutriente é encontrado em gemas de ovos, soja, gérmen de trigo e carnes. Segundo cientistas, ela tem uma relação com o desenvolvimento do tubo neural (cérebro e coluna) do bebê. Um estudo recente feito por pesquisadores da Universidade da Carolina do Norte revelou ainda que a colina desempenha um papel fundamental na região cerebral do bebê responsável pela memória.



Fonte: http://revistacrescer.globo.com/Revista/Crescer/0,,EMI114862-10568,00.html

Aproveitem as dicas barrigudinhas lindas!!!

Milena Oliveira





Parto humanizado!

Olá meninas,

Encontrei esse depoimento e achei muito importante compartilhar com vocês, inicialmente, é um relato de uma mãe que sofreu violência no momento mais importante da sua vida: A hora do parto! 
Depois do relato vocês conhecerão alguns direitos da gestante defendidos por lei e que muitas vezes não são obedecidos em muitas maternidades no Brasil.

Por Andrea Dip,

Eu tive meu filho em um esquema conhecido por profissionais da área da saúde como o limbo do parto: um hospital precário, porém maquiado para parecer mais atrativo para a classe média, que atende a muitos convênios baratos, por isso está sempre lotado, não é gratuito, mas o atendimento lembra o pior do SUS, porém sem os profissionais capacitados dos melhores hospitais públicos nem a infraestrutura dos hospitais caros particulares para emergências reais. 



Durante o pré-natal, fui atendida por plantonistas sem nome. Também não me lembro do rosto de nenhum deles. O meu nome variava conforme o número escrito no papel de senha da fila de espera: um dia eu era 234, outro 525. Até que, durante um desses “atendimentos” a médica resolveu fazer um descolamento de membrana, através de um exame doloroso de toque, para acelerar meu parto, porque minha barriga “já estava muito grande”. Saí do consultório com muita dor e na mesma noite, em casa, minha bolsa rompeu. Fui para o tal hospital do convênio já em trabalho de parto.


Quando cheguei, me instalaram em uma cadeira de plástico da recepção e informaram meus acompanhantes que eu deveria procurar outro hospital porque aquele estava lotado. Lembro que fazia muito frio e eu estava molhada e gelada, pois minha bolsa continuava a vazar. Fiquei muito doente por causa disso. Minha mãe ameaçou ligar para o advogado, disse que processaria o hospital e que eu não sairia de lá em estágio tão avançado do trabalho de parto. Meu pai quis bater no homem da recepção. Enquanto isso, minhas contrações aumentavam. Antes de ser finalmente internada, passei por um exame de toque coletivo, feito por um médico e seus estudantes, para verificar minha dilatação. “Já dá para ver o cabelo do bebê, quer ver pai?” mostrava o médico para seus alunos e para o pai do meu filho. Consigo me lembrar de poucas situações em que fiquei tão constrangida na vida. Cerca de uma hora depois, me colocaram em uma sala com várias mulheres. Quando uma gritava, a enfermeira dizia: “pare de gritar, você está incomodando as outras mães, não faça escândalo”. Se eu posso considerar que tive alguma sorte neste momento, foi o de terem me esquecido no fim da sala, pois não me colocaram o soro com ocitocina sintética que acelera o parto e aumenta as contrações, intensificando muito a dor. Hoje eu sei que se tivessem feito, provavelmente eu teria implorado por uma cesariana, como a grande maioria das mulheres.



Não tive direito a acompanhante. O pai do meu filho entrava na sala de vez em quando, mas não podia ficar muito para preservar a privacidade das outras mulheres. A moça que gritava pariu no corredor. Até que uma enfermeira lembrou de mim e me mandou fazer força. Quando eu estava quase dando a luz, ela gritou: “pára!” e me levou para o centro cirúrgico. Lá me deram uma combinação de anestesia peridural com raquidiana, sem me perguntar se eu precisava ou gostaria de ser anestesiada, me deitaram, fizeram uma episotomia (corte na vagina) sem meu consentimento – procedimento desnecessário na grande maioria dos casos, segundo pesquisas da medicina moderna – empurraram a minha barriga e puxaram meu bebê em um parto “normal”. Achei que teria meu filho nos braços, queria ver a carinha dele, mas me mostraram de longe e antes que eu pudesse esticar a mão para tocá-lo, levaram-no para longe de mim. Já no quarto, tentei por três vezes levantar para ir até o berçário e três vezes desmaiei por causa da anestesia. “Descanse um pouco mãezinha” diziam as enfermeiras “Sossega!” Eu não queria descansar, só estaria sossegada com meu filho junto de mim! O fotógrafo do hospital (que eu nem sabia que estava no meu parto) veio nos vender a primeira imagem do bebê, já limpo, vestido e penteado. Foi assim que eu vi pela primeira vez o rostinho dele, que só chegou para mamar cerca de 4 horas depois.



Faz exatamente nove anos que tudo isso aconteceu e hoje é ainda mais doloroso relembrar porque descobri que o que vivi não foi uma fatalidade, ou um pesadelo: eu, como uma a cada quatro mulheres brasileiras, fui vítima de violência obstétrica.




Uma em cada quatro mulheres sofre violência no parto


O conceito internacional de violência obstétrica define qualquer ato ou intervenção direcionado à mulher grávida, parturiente ou puérpera (que deu à luz recentemente), ou ao seu bebê, praticado sem o consentimento explícito e informado da mulher e/ou em desrespeito à sua autonomia, integridade física e mental, aos seus sentimentos, opções e preferências. A pesquisa “Mulheres brasileiras e Gênero nos espaços público e privado”, divulgada em 2010 pela Fundação Perseu Abramo, mostrou que uma em cada quatro mulheres sofre algum tipo de violência durante o parto. As mais comuns, segundo o estudo, são gritos, procedimentos dolorosos sem consentimento ou informação, falta de analgesia e até negligência.




Mas há outros tipos, diretos ou sutis, como explica a obstetriz e ativista pelo parto humanizado Ana Cristina Duarte: “impedir que a mulher seja acompanhada por alguém de sua preferência, tratar uma mulher em trabalho de parto de forma agressiva, não empática, grosseira, zombeteira, ou de qualquer forma que a faça se sentir mal pelo tratamento recebido, tratar a mulher de forma inferior, dando-lhe comandos e nomes infantilizados e diminutivos, submeter a mulher a procedimentos dolorosos desnecessários ou humilhantes, como lavagem intestinal, raspagem de pelos pubianos, posição ginecológica com portas abertas, submeter a mulher a mais de um exame de toque, especialmente por mais de um profissional, dar hormônios para tornar o parto mais rápido, fazer episiotomia sem consentimento”.


“A lista é imensa e muitas nem sabem que podem chamar isso de violência. Se você perguntar se as mulheres já passaram por ao menos uma destas situações, provavelmente chegará a 100% dos partos no Brasil” diz Ana Cristina, que faz parte de um grupo cada vez maior de mulheres que, principalmente através de blogs e redes sociais, têm lutado para denunciar a violência obstétrica tão rotineira e banalizada nos aparelhos de saúde.


“Algumas mulheres até entendem como violência, mas a palavra é mais associada a violência urbana, física  sexual” diz a psicóloga Janaína Marques de Aguiar, autora da tese “Violência institucional em maternidades públicas: hostilidade ao invés de acolhimento como uma questão de gênero” que entrevistou puérperas (com até três meses de parto) e profissionais de maternidades públicas de São Paulo. “Quando a gente fala em violência na saúde, isso fica difícil de ser visualizado. Porque há um senso comum de que as mulheres podem ser maltratadas, principalmente em maternidades públicas” acredita. E dá alguns exemplos: “Duas profissionais relataram, uma médica e uma enfermeira, que um colega na hora de fazer um exame de toque em uma paciente, fazia brincadeiras como ‘duvido que você reclame do seu marido’ e ‘Não está gostoso?”

Em março de 2012, um grupo de blogueiras colocou no ar um teste de violência obstétrica, que foi respondido de forma voluntária por duas mil mulheres e confirmou os resultados da pesquisa da Fundação Perseu Abramo. “Apesar de não terem valor científico, os resultados mostraram que 51% das mulheres estava insatisfeita com seu parto e apenas 45% delas disse ter sido esclarecida sobre os todos os procedimentos obstétricos praticados em seus corpos” lembra a jornalista mestre em ciências Ana Carolina Franzon, uma das coordenadoras da pesquisa. “Nós quisemos mostrar para outras mulheres que aquilo que elas tinham como desconforto do parto era, na verdade, a violação de seus direitos. Hoje nós somos protagonistas das nossas vidas e quando chega no momento do parto, perdemos a condição de sujeito” opina Ana Carolina.

Desse teste nasceu o documentário “Violência Obstétrica – A voz das brasileiras” (que você pode assistir no fim da matéria) com depoimentos gravados pelas próprias mulheres sobre os mais variados tipos de humilhação e procedimentos invasivos vividos por elas no momento do parto. Uma das participantes diz que os profissionais fizeram comentários “sobre o cheiro de churrasco da barriga durante a cesárea”.

Mas talvez o relato mais triste seja o da mineira Ana Paula, que após planejar um parto natural, foi ao hospital com uma complicação e, sem qualquer explicação por parte dos profissionais, foi anestesiada, amarrada na cama, mesmo sob protestos, submetida a episiotomia, separada da filha, largada por várias horas em uma sala sem o marido e sem informações. Seu bebê não resistiu e faleceu por causas obscuras. Ana Paula denunciou o falecimento de sua filha ao Ministério da Saúde pedindo uma investigação e em paralelo denunciou a equipe, convênio médico e o hospital que a atenderam ao CRM de Belo Horizonte. Diante do silêncio do Conselho, que abriu uma sindicância em novembro de 2012 e não forneceu mais informações, a advogada de Ana Paula, Gabriella Sallit, entrou com uma ação na justiça.

“O processo da Ana Paula foi o primeiro que trata a violência obstétrica nestes termos. Não é um processo contra erro médico, ou pelo fim de uma conduta médica. É sobre o procedimento, a violência no tratar. É um marco porque é o primeiro no Brasil” explica a advogada. “É uma ação de indenização por dano moral que lida com atos notoriamente reconhecidos como violência obstétrica. Tudo isso tem respaldo na nossa legislação”, diz.

Para prevenir a violência no parto, infelizmente comum, a advogada aconselha que as mulheres escrevam uma carta de intenções com os procedimentos que aceitam e não aceitam durante a internação. “Faça a equipe assinar assim que chegar ao hospital. E antes de sair do hospital, requisite seu prontuário e o do bebê. É um direito que muitas mulheres desconhecem. Isso é mais importante do que a mala da maternidade, fraldas e roupas. Estamos falando de algo que pode te marcar para o resto da vida”.

Direitos legais desrespeitados nas maternidades

Além do nosso código penal e dos vários tratados internacionais que regulam de forma geral os direitos humanos e direitos das mulheres em especial, a portaria 569 de 2000 do Ministério da Saúde, que institui o Programa de Humanização no Pré-natal e Nascimento do SUS,  diz: “toda gestante tem direito a acesso a atendimento digno e de qualidade no decorrer da gestação, parto e puerpério” e “toda gestante tem direito à assistência ao parto e ao puerpério e que esta seja realizada de forma humanizada e segura” e a LEI Nº 11.108, DE 7 DE ABRIL DE 2005 garante às parturientes o direito à presença de acompanhante durante o trabalho de parto, parto e pós-parto imediato nos hospitais do SUS. Mas dificilmente essas normas são seguidas, como explica a pesquisadora Simone Diniz (leia entrevista na íntegra), formada em Medicina Preventiva pela Universidade de São Paulo, que participou da pesquisa “Nascer no Brasil: Inquérito Nacional sobre Parto e Nascimento”, grande e minucioso panorama realizado pela Fiocruz em parceria com o Ministério da Saúde  – ainda sem data para lançamento.

“O parto é muito medicalizado e muito marcado pela hierarquia social da mulher no Brasil. Para algumas questões de saúde, como para quem tem HIV, precisa de um antirretroviral ou de uma cirurgia, você tem o mesmo procedimento público e privado, existe um padrão do que é considerado como aceitável. Para o parto não. A assistência ao parto para as mulher de menor renda e escolaridade e para aquelas que o IBGE chama de pardas e negras, é muito diferente das mulheres escolarizadas, que estão no setor privado, pagantes. Normalmente as mulheres de renda mais baixa têm uma assistência que não dá nenhum direito a escolha sobre procedimentos. Os serviços atendem essas mulheres para um parto vaginal com várias intervenções que não correspondem ao padrão ouro da assistência, como ficar sem acompanhante e serem submetidas a procedimentos invasivos que não deveriam ser usados a não ser com extrema cautela, como o descolamento das membranas, que é muito agressivo, doloroso, aumenta o risco de lesão de colo e infecções, a  ruptura da bolsa, como aceleração do parto. É uma ideia de produtividade que parte do pressuposto que o parto é um evento desagradável  degradante, humilhante, repulsivo, sujo e que portanto aquilo deve ser encurtado. No setor público é pior, mas é preciso levar em conta que no setor privado, 70% das mulheres nem entra em trabalho de parto, vão direto para cesarianas eletivas”.



Cesariana desnecessária: mais uma violência contra a mulher


A imposição de uma cesariana desnecessária também tem sido vista pelos pesquisadores e pelas próprias mulheres como uma forma de violência porque além de um procedimento invasivo, oferece mais riscos a curto e longo prazo para a mãe e o bebê. “Hoje nós sabemos que existe muito mais segurança nos partos fisiológicos do que nas cesáreas. Não tenha dúvidas de que elas são um recurso importante que salva vidas quando realmente necessárias. Mas no parto fisiológico o bebê tem menor chance de ir para uma UTI neonatal, de ter problemas respiratórios, metabólicos, infecções, tem o melhor prognóstico de todos” explica Simone Diniz. “O bebê nasce estéril e a medida que ele entra em contato com as bactérias da vagina durante o parto, é colonizado por elas e isso fará com que ele desenvolva um sistema imune muito mais saudável do que se nascer de cesárea e for contaminado por bactérias hospitalares. Esse é conhecimento recente, mas já saíram pesquisas sobre risco diferenciado de asma, diabete, obesidade e uma série de doenças crônicas”.


Apesar do índice máximo de cesarianas aconselhado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) ser o de 15%, o Brasil lidera o ranking na América Latina, segundo a Unicef, com mais de 50% de nascimentos através da cirurgia. O índice sobe consideravelmente quando se olha apenas para os hospitais particulares. Em 2010, 81,83% das crianças que nasceram via convênios médicos, vieram ao mundo por cesarianas. Em 2011, o número aumentou para 83,8%, segundo a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). Há ainda hospitais particulares como o Santa Joana, em São Paulo, que no primeiro trimestre de 2009 apresentou taxa de 93,18% cesarianas, segundo o  Sistema de Informações de Nascidos Vivos (SINASC). Questionada a respeito, a ANS declarou por meio de assessoria de imprensa que “vem trabalhando, desde 2005, para a diminuição do número de partos cesáreos, mas o problema é bastante complexo e multifatorial, envolvendo a organização do trabalho do médico, dos hospitais e a própria cultura e informação da população brasileira”. Disse ainda que “não existe limite para a realização de partos cesáreos” e que isso depende da indicação médica.

No filme “O Renascimento do Parto”, ainda sem data de estreia no Brasil, mas que já possui uma versão resumida no Youtube, o pediatra Ricardo Chaves questiona: “Eu quero saber o seguinte: nós combinamos com o bebê que ele vai nascer sexta-feira, quatro da tarde? Ele respondeu que tem condição de nascer?”




Nos consultórios, a prática é assustar a mulher

Os profissionais têm opiniões diferentes a respeito do grande volume de cesarianas. Para a médica obstetra representante do Conselho Regional de Medicina de São Paulo (Cremesp) Silvana Morandini, “a medicina defensiva está indicando mais a cesárea. Se o bebê tem circular de cordão no pescoço, se é um feto muito grande, se tem placenta marginal, qualquer diagnóstico que possa dar problema, aumenta a prescrição”. Ela chama isso de “conduta defensiva”, por “medo de dar errado”. Silvana também acredita que “o grande número de cesáreas é cultural. A mulher brasileira tem a ideia de que com o parto vaginal vai ficar com o períneo mais flácido”.



Já o obstetra especialista em parto humanizado Jorge Kuhn acredita que “a grande culpada pelo boom de cesarianas foi a mudança do modelo obstétrico. Antigamente o modelo era centrado na obstetriz. O médico era chamado nos casos de complicação. A transformação do parto domiciliar em hospitalar, na década de 1970, aumentou a incidência de cesarianas. É lógico que esse índice também cresceu por outras razões,  como gravidez múltipla, idade avançada e riscos reais ”. 

Ele explica que outro fator importante foi a entrada dos convênios médicos nos planos de parto. “Eles perceberam que para vender planos de saúde, um bom argumento era o de que a mulher faria o pré-natal com o mesmo médico que faria o parto e isso é a maior cilada. Porque o médico prefere ficar no consultório a sair para ganhar tão pouco. Dizem que a mulher escolhe a cesariana, mas o parto normal é desconstruído no consultório consulta a consulta. Frases como ‘nossa, mas esse bebê está crescendo muito’ dão a conotação subliminar de que a mulher não poderá ter parto normal. Circular de cordão, bacia estreita, feto grande, feto pequeno, pouco líquido, muito líquido, pressão arterial alta, diabetes, nada disso é indicação de cesariana. Foi se criando o conceito de que o corpo da mulher é defeituoso e requer assistência. Que ela precisa ser cortada em cima ou embaixo para poder parir”.

Um médico obstetra com 15 anos de formação, que atende a convênios e preferiu ter sua identidade preservada, confirma a fala de Jorge Kuhn. Ele explica que com o valor irrisório pago pelos convênios (cerca de 300 reais por parto normal ou cesárea) não compensa para o profissional largar o consultório cheio ou sair de casa de madrugada para passar 10, 12 horas acompanhando um parto normal. “Eu digo para as minhas pacientes logo nas primeiras consultas que se elas optarem por marcar uma cesariana eu farei, mas se optarem por um parto normal vão ter com plantonista”. Para ele, apesar das pesquisas e das indicações internacionais como a da OMS, a cesariana é a melhor opção para a mãe e o bebê. “No hospital particular eu acho que acontece o real parto humanizado. Porque tem uma assistência muito maior. Com 5 para 6 cm de dilatação a gente instala a anestesia, aí a paciente já não sente dor, faz a tricotomia (raspagem dos pelos  porque é mais higiênico, rompe a bolsa, acelera o trabalho de parto. Minha filha nasceu por cesárea, minhas sobrinhas também. Se eu achasse tão bom o parto normal teria feito. Claro que se o médico marcar a cirurgia para muito antes, o bebê pode nascer prematuro, com problemas respiratórios, pode complicar sua saúde a longo prazo. Mas no parto normal existe mais risco de asfixia e paralisia cerebral. Se você for perguntar, 90% dos filhos de médicos nascem por cesárea”.

Jorge Kuhn, que foi recentemente denunciado pelo Conselho Regional de Medicina do Rio de Janeiro e responde a processo no CREMESP por ter declarado em um programa de televisão ser favorável ao parto domiciliar para gestantes de baixo risco, lembra que para o hospital também é muito mais lucrativo e conveniente que se façam cesarianas. “Eles sabem quais são os recursos humanos e materiais que têm em vésperas de feriados, principalmente os mais prolongados, e têm os agendamentos da sala certinhos. Fazer uma cesariana em trabalho de parto resulta em maior custo para o hospital. Quando a mulher ficou tantas horas em trabalho de parto e passa para uma cesárea, isso é um problema. Uma vez eu perguntei para um gestor quanto eu custava, fazendo mais partos normais. Ele disse que o problema é quando meus partos normais viravam cesareas, porque já tinha gasto tempo e material naquele parto e gastava com a cirurgia. Mas tanto faz em termos de custo. O agendamento que facilita. Nenhum hospital no Brasil tem condições de atender partos normais como a OMS aceita, com no máximo 15% de cesarianas. Não têm estrutura física para isso, é uma formula difícil de fechar. Mas basicamente é uma tríade: comodidade dos médicos e hospitais, indiferença das mulheres e mercado. Sempre é uma questão de dinheiro”.

Ana Cristina acrescenta que quanto mais complicado for o parto, mais lucro o hospital terá. “anestesia, cirurgia, drogas, antibióticos  compressas, equipamento, equipe de enfermagem. Se rolar uma UTI neonatal por dois dias, já vai mais uma boa grana, quase a de um parto. E esses equipamentos todos da UTI estão pagos, precisam ser usados para gerar lucro. A UTI custa muito caro. Então qual é o problema? É que nós estamos colocando bebês para nascer em uma estrutura muito cara, que precisa se pagar”.

Para incrementar, alguns hospitais particulares oferecem alguns “extras” a seus pacientes, conta Simone Diniz. “Existe uma coisa chamada ‘janela de plasma’, que fica no centro cirúrgico e dá para um pequeno auditório anexo. É uma janela opaca que fica transparente quando o bebê nasce e o médico pode apresentá-lo à plateia  Algumas famílias fazem festas, com serviço de catering etc. Isso não pode acontecer em um parto normal, certo? Precisa ser agendado com antecedência. Aí você vê como hoje o parto fisiológico é subversivo, porque subverte toda essa lógica hospitalocêntrica”.



Alternativa subversiva


O modelo alternativo, hoje conhecido como parto humanizado, se baseia em exemplos usados há muitos anos em países como Holanda e Alemanha, e é centrado na autonomia da mulher, pensando o parto como algo fisiológico, natural, com pouca ou nenhuma intervenção médica. O direito da mulher sobre o seu próprio parto também é uma das principais bandeiras de um movimento feminino que cresce a cada dia no Brasil, principalmente através de blogs e articulações por redes sociais.

No filme inglês Freedom For Birth, que conta a história da parteira húngara Ágnes Geréb, processada criminalmente e condenada a dois anos de prisão porque, até 2011, não havia regulamentação para os profissionais que assistiam partos domiciliares, a antropóloga americana Robbie Davis-Floyd critica o modelo atual, em que o corpo da mulher é tratado como uma máquina, e o parto como um processo mecânico disfuncional, que precisa das intervenções médicas para trazer o bebê ao mundo porque não confia na fisiologia natural do parto. Em seu estudo “Birth as an American rite of passage (1984)” ela lembra que o parto, até pouco tempo, era vivido como algo exclusivamente feminino e privado, com as mulheres dando a luz em suas casas amparadas por outras mulheres: parteiras, mães, amigas mais experientes. A ideia de “mulher empoderada”, que escolhe onde, como e com quem quer parir, ou no mínimo opina a quais procedimentos quer ou não se submeter é o centro deste pensamento.

O parto humanizado pode acontecer em casas de parto, em casa (somente para gestantes de baixo risco) e até em salas especiais que muitos hospitais estão criando com esta finalidade. A equipe geralmente é reduzida, com uma enfermeira obstetra (ou médico que siga esta filosofia), um neonatologista e uma doula – profissional treinada a dar suporte físico e emocional à mulher desde o pré-natal. Na hora do parto, a doula orienta sobre exercícios e posições, respiração e fornece um arsenal de recursos não farmacológicos para alívio dor, como massagens, bolas, óleos, exercícios e banhos. A mulher pode comer, tomar água, andar e ficar na posição que se sentir mais a vontade para parir. Cada vez mais mulheres têm optado por este modelo, mas nem todas têm acesso. Um parto domiciliar custa de 5 a 10 mil reais (somando os honorários de todos os profissionais). No hospital, além da equipe, é preciso pagar a internação em pacotes de parto, que podem custar em média mais 8 mil reais.

Apesar de em 2011 o governo federal ter lançado a Rede Cegonha, que tem como objetivo humanizar o parto e criar casas de parto normal integradas ao SUS, ainda há poucas opções e somente em grandes centros urbanos – até 2014, segundo o Ministério da Saúde, serão 200 em todo o país. Com pouca ou nenhuma divulgação, sobram leitos em muitas delas. A Casa de Parto de Sapopemba em São Paulo, por exemplo, referência no atendimento a gestantes de baixo risco, não só não é divulgada, como não se consegue entrevistar os profissionais que atendem na Casa. Alertada por colegas jornalistas, eu tentei entrar em contato através da assessoria de imprensa da prefeitura mas não obtive resposta, apesar da insistência. Durante a reportagem, conheci uma enfermeira obstétrica que foi demitida por ter concedido entrevista a um jornal sem autorização. Uma reserva que faz lembrar o que acontece com os programas de redução de danos – cala-se a respeito para evitar polêmica, ou a adesão excessiva em relação às dimensões previstas por essas políticas públicas.

Simone Diniz conta que a própria mulher que resolve esperar o trabalho de parto é hostilizada. “As pesquisas indicam que entrar em trabalho de parto aumentam muito o risco de você sofrer violência. É muito interessante o grau de hostilização da mulher em trabalho de parto. No setor privado, acham o fim da picada que aquela mulher queira dar trabalho para eles. Uma mulher contou que como insistiu muito com o médico que queria parto normal, ele indicou um psicólogo dizendo que ela tinha traços masoquistas!” O Conselho Federal de Medicina é totalmente contra o parto domiciliar. Assim como os conselhos regionais que quiseram caçar o registro de Jorge Kuhn. O Conselho de Enfermagem (COFEN) também tentou por muito tempo fechar o novo curso de obstetricia da USP Leste, mas desde dezembro de 2012, o curso ganhou, através de liminar do Ministério Público, não só o direito ao funcionamento como ao registro específico no COFEN.




Por mim, você pode cortar a mulher em quatro


Essa “caça às bruxas do parto humanizado” não é exclusividade brasileira – vide Àgner Gereb. Jorge Kuhn conta que quando chegou ao Brasil após uma temporada aprendendo sobre parto humanizado na Alemanha, foi procurar os gestores de grandes hospitais para implantar essas técnicas de redução de cesarianas, mas que foi recebido com declarações como “por mim você pode cortar a mulher em quatro desde que me entregue um bebê bom”. Ainda assim, o obstetra é otimista: “O filósofo Schopenhauer dizia que toda verdade passa por três estágios: No primeiro, ela é ridicularizada. No segundo, é rejeitada com violência. No terceiro, é aceita como evidente por si própria. Estamos no segundo estágio”.

Outra alternativa bonita para quem procura por um parto “empoderado” (no sentido de dar poder à mulher sobre o parto) é a Casa Ângela, em São Paulo. Criada pela Associação Comunitária Monte Azul, a Casa de Parto, instalada na periferia da zona sul da cidade, se mantém com financiamentos de parceiros nacionais e internacionais e, desde o começo de 2012, faz uma média de 10 partos por mês, e acompanha mais de 250 mães e bebês. O nome homenageia a parteira alemã Ângela Gehrke, que nas décadas de 1980 e 1990, atendeu a mais de 1500 mulheres da favela Monte Azul e foi referência de parto humanizado no Brasil. Ângela morreu de um câncer em 2001 mas o trabalho com a comunidade foi retomado alguns anos depois.

A casa é linda, iluminada, arejada e no dia que visitei, um cheiro de bolo assando perfumava o ambiente. Nada ali lembrava o ambiente hospitalar. Anke Riedel, obstetra coordenadora do projeto, me conta que por causa da grande procura de mulheres de outras regiões e até outras cidades, a casa criou um plano de sobrevivência, no qual cobra um pequeno valor para quem não é da comunidade. O pacote padrão, que inclui o pré-natal, a triagem para fatores de risco no parto (as regras são rígidas e somente as gestantes que não apresentam riscos podem ser atendidas na casa), o parto e o acompanhamento do puerpério e do bebê por um pediatra, custa 3.500 reais, que pode ser negociado conforme as condições financeiras do casal. “Como não recebemos qualquer ajuda do governo, essa foi a forma que encontramos de manter a casa e poder atender às gestantes, além do apoio dos parceiros”. Na equipe, obstetrizes atendem às gestantes e, em casos de urgência, a casa possui equipamento e ambulância próprios para remoções para hospitais próximos. Segundo Anke, algumas vezes estas remoções acontecem, mas nunca houve uma de urgência.


Em vez de maca e soro, uma leoa com o bebê nos braços




Fui convidada a conhecer Aline, de 26 anos e seu marido Marcos, da mesma idade, moradores da comunidade que tiveram seu bebê na casa na noite anterior. Quando entrei no quarto, a primeira surpresa. Nada de maca ou soro. Apenas um casal deitado em uma cama com o bebê nos braços, com luz baixa e largos sorrisos no rosto. Aline me mostrou a pequena Sofia, que veio ao mundo sem qualquer intervenção médica ou farmacológica. Ela conta que o bebê nasceu na banheira, à luz de velas e música ambiente, com o marido fazendo massagem e ajudando nas posições. Que se apaixonou pela Casa assim que conheceu a proposta e que durante o pré-natal, ela foi bem orientada e tratada pelo nome, ao contrário do atendimento no posto de saúde em que era uma “mãezinha”.


Um nó aperta minha garganta, é impossível não fazer comparações. Marcos diz que estava orgulhoso da mulher, que mais parecia uma leoa poderosa no parto. Compara ao que já tinha visto na televisão ou nas novelas: “Aquelas mulheres gritando, deitadas, aquele desespero. Nada disso aconteceu. Teve hora que a enfermeira abraçava, dava beijo na testa dela, esse afeto fez diferença. No hospital você fica vendo seu parto acontecer.” Flashes do meu parto não param de vir à mente. Sou feliz por Aline e Marcos. E muito revoltada por mim mesma. Vendo e ouvindo essas histórias de amor, assistindo a vídeos de partos humanizados, dignos, nos quais as mulheres foram protagonistas do nascimento dos seus filhos, só posso chegar a uma conclusão: Violaram meu momento. Roubaram meu parto de mim.


Fonte:http://br.noticias.yahoo.com/na-hora-de-fazer-n%C3%A3o-gritou-145820401.html?page=3

1000000000000000000 de beijinhos férteis!!!!!

Milena Oliveira












quinta-feira, 14 de março de 2013

Dossiê da Fertilidade

Olá meninas,

Para quem ainda tem dúvidas sobre a fertilidade aí vão algumas informações para atenuar a ansiedade da espera pela cegonha. Esse dossiê irá ajudá-la a esclarecer suas dúvidas e contornar inseguranças enquanto o sonho da maternidade não se concretiza.

1. Estou tentando engravidar. Quando devo procurar um médico?
“Um casal saudável, que mantém relações sexuais regulares, pelo menos de 2 vezes por semana, tem cerca de 25% de chance de engravidar a cada ciclo ovulatório”, estima o ginecologista Mario Cavagna, da Comissão de Reprodução Humana da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo).
Na prática, isso significa que um ano é um prazo razoável para aguardar a boa nova sem suspeitar de um problema de fertilidade. Essa é a orientação da Organização Mundial de Saúde desde que, obviamente, não haja sintomas ou histórico de doenças que justifiquem antecipar a visita ao médico.
“Irregularidade menstrual, infecções pélvicas, dor durante o sexo, assim como episódios de caxumba ou varicocele no parceiro merecem podem dificultar a concepção e por isso pedem uma avaliação imediata”, avisa o obstetra Cesar Eduardo Fernandes, presidente da Associação de Ginecologia e Obstetrícia de São Paulo.
Aos 35 anos, a taxa de fertilidade feminina cai. Por isso, caso não engravidem em 6 meses, as mulheres já devem procurar um especialista e checar se está tudo em ordem para a chegada do bebê.


2. O estresse dificulta a gravidez?

“Evidências científicas mostram que o tabagismo, o consumo excessivo de álcool, de drogas, a obesidade e o estresse podem comprometer a capacidade reprodutiva”, alerta Cavagna.
Segundo o médico, os nervos à flor da pele impactam no sistema límbico, área do cérebro onde se processam as emoções. E ele se localiza bem próximo ao hipotálamo, região que comanda a liberação de hormônios envolvidos na ovulação, o FSH e o LH.
O recado é claro: em vez de se deixar consumir pela ansiedade, as mulheres que pretendem engravidar devem investir na prática de exercícios físicos e atividades de relaxamento, como ioga ou Pilates. Esbanjar quilos extras é outro entrave para as futuras mães.
“O tecido adiposo, aquele repleto de células de gordura, produz hormônio feminino, o estrogênio. Há indícios de que, em alguns casos, isso desequilibre a produção natural”, justifica Cavagna.
Mais um motivo para abandonar o sofá e mexer o corpo.


3. Quem sempre tomou pílula anticoncepcional tem mais dificuldade para engravidar?

Se você sempre tomou pílula anticoncepcional, talvez precise de um pouquinho mais de paciência. “Algumas mulheres podem demorar de um a três meses para que a fertilidade se restabeleça”, avisa Cavagna. Porém, essa não é a regra. Em geral, a ovulação costuma ser recuperada logo que a medicação é interrompida.


4. Por que quem tem a intenção de engravidar deve tomar ácido fólico?

Essa vitamina, também conhecida como B9 e folato, é pré-requisito   para quem pretende gerar um filho. Ela previne malformações e participa do desenvolvimento do sistema nervoso do feto, principalmente nas primeiras semanas de gestação.
Segundo a nutricionista Renata Cristina Gonçalves, de São Paulo, deve-se iniciar a suplementação do nutriente três meses antes da gravidez e mantê-la até a barriga completar o primeiro trimestre. Sob orientação médica, claro.

5.  Por que a fertilidade feminina vai diminuindo com o passar dos anos?

Ao contrário dos homens, cuja produção de espermatozoides acontece o tempo todo, a mulher nasce com uma quantidade estabelecida de aproximadamente 1 milhão de óvulos e os perde com o passar dos anos. Quando menstrua pela primeira vez, este número já está reduzido a cerca de 400 mil. A qualidade dessas “unidades reprodutivas” também sofre a ação do tempo. 
Tudo isso faz com que a probabilidade de engravidar a cada ciclo ovulatório entre em declínio à medida que a idade avança, conforme mostra o gráfico:





6. E se eu não conseguir engravidar em um ano?

Espera-se que, no prazo de 12 meses, 85% dos casais em idade fértil consigam encomendar o novo membro da família.
Caso a empreitada não seja bem-sucedida, é provável que um dos parceiros ou ambos se enquadrem no grupo de 10 a 15% da população adulta com problemas de infertilidade. 
Não há, porém, motivo para entregar os pontos. Grande parte desses distúrbios é reversível e ainda existe a possibilidade de recorrer à reprodução assistida.

7. Quais são as primeiras providências?

Para viabilizar a gravidez, é essencial que não só a mulher mas também o homem encare um check-up médico.
Dados internacionais mostram que 40% dos casos de infertilidade do casal se devem a alterações masculinas; 40%, femininas e, em 20% das situações, o distúrbio é compartilhado.
Por isso, convença seu parceiro sobre a importância de se submeter à avaliação

8. Como identificar e tratar a infertilidade masculina?

Dosagem hormonal, exame clínico e um espermograma estão entre os testes de praxe.
O objetivo é verificar se o candidato a pai produz espermatozoides em concentração, motilidade e morfologia adequados para que a fecundação ocorra.
Algumas das falhas na fabricação de gametas têm solução cirúrgica. Outras, infelizmente, não. Mas há casos em que a reprodução assistida consegue dar uma fo.rcinha aos espermatozoides mais espertos entre os preguiçosos, como explicaremos adiante. Acesse o link para mais informações sobre infertilidade masculina

9. Quais as principais causas de infertilidade feminina?

Entre as mulheres, uma série de disfunções hormonais e funcionais podem estar por trás da dificuldade de conceber um filho.
“Entre as mais frequentes, estão a endometriose, crescimento anormal do tecido que reveste o útero, para fora dessa cavidade”, explica César Eduardo Fernandes.
“A Síndrome dos Ovários Policísticos, distúrbio em que há aumento na produção de hormônios masculinos, também afeta a ovulação”,
Ele acrescenta que problemas nas trompas e infecções pélvicas como clamídia e gonorreia  podem promover uma obstrução que requer cirurgia para recuperar a capacidade fértil da mulher.
Desequilíbrios hormonais provocados por hipotireoidismo, tumores de hipófise, entre outros, completam a lista de obstáculos que precisam ser tratados previamente.
Se houver suspeita, o médico pode lançar mão de exames que ajudam a flagrar o verdadeiro culpado. Leia mais sobre os principais testes.

10. A reprodução assistida é a maior esperança de aumentar a família, no caso de insucessos consecutivos na concepção natural, seja por impedimentos fisiológicos, seja devido à idade avançada. Mulheres mais jovens têm até 50% de chance de engravidar no primeiro tratamento.


Aos 40 anos, a probabilidade cai para 20% e continua declinando a partir daí. Existem critérios bem definidos para a eleição de cada método. Fique por dentro e discuta com seu médico qual o mais apropriado para você:

Inseminação artificial: Depois da coleta do sêmen pelo próprio homem, os espermatozoides são preparados em laboratório e, no período de ovulação, injetados dentro do útero.
O objetivo dessa técnica é promover o encontro do gameta masculino com o óvulo, driblando eventuais barreiras no aparelho reprodutor da mulher e melhorando a agilidade dos espermatozoides.
"Embora esse tratamento seja menos invasivo e mais barato do que uma fertilização in vitro, ele é não é tão eficaz e requer uma boa permeabilidade tubária da mulher, além de espermatozoides de qualidade e quantidade aprovadas em um teste prévio de laboratório", ressalva Mario Cavagna.

Indução de ovulaçãoConsiste na administração de hormônios femininos injetáveis ou orais, com o objetivo de estimular a liberação do óvulo.
Por meio de ultrassonografia, é possível monitorar a resposta dos ovários aos estímulos. É indicado em situações de falhas na ovulação.

Fertilização in vitro (FIV): A mulher que opta por essa técnica precisa enfrentar quatro etapas. Primeiro, recebe medicamentos para estimular a ovulação.
Em seguida, o especialista aspira os óvulos, por meio de uma agulha introduzida no canal vaginal, com anestesia local e sedação.
Paralelamente, os espermatozoides são colhidos. Depois de analisá-los e prepará-los, o cientista fertiliza o óvulo em laboratório.
Se o procedimento for bem-sucedido, o embrião é transferido para o útero. O método é indicado em casos de problemas nas trompas, como sequelas de infecções ou endometriose, e para pacientes que foram submetidas à laqueadura. Como pré-requisitos, pelo menos um ovário deve responder à indução da ovulação e a cavidade uterina precisa estar íntegra.

Injeção intracitoplasmática de espermatozoides (ICSI): Trata-se de uma estratégia complementar, que visa ampliar as chances de sucesso da fertização in vitro.
É recomendada quando o homem apresenta algum comprometimento grave da fertilidade, como baixa quantidade de espermatozoides ou ausência deles no esperma (nesse caso, o especialista tenta extrair as células diretamente do testículo).
Em seguida, os gametas são selecionados e o mais potente é introduzido diretamente, por meio de uma finíssima agulha, no óvulo. Depois de formado o embrião, segue-se o processo padrão de FIV.


Fonte:http://bebe.abril.com.br/fertilidade

Espero ter ajudado!!!!

10000000000 de beijinhos férteis!

Milena Oliveira