Olá meus amores,
Que bom ter alguém para me "ouvir", me sinto muito bem expondo aqui minhas aflições e expectativas. É notável que eu estou sem planos e sem motivação no que diz respeito a meu futuro bebê. Não posso me planejar, não consigo pensar no amanhã, está tudo tão indefinido que já não sei mais o que pensar.
Meu marido continua longe, nenhuma expectativa de que ele possa ser transferido. Nos meus planos meu bebê seria concebido até agosto desse ano, mas com minha família desestruturada como está não posso engravidar. Ai meninas estou tão perdida, confusa, pensando em largar tudo aqui e voltar para perto da minha família, me dei um prazo até o fim do ano letivo, caso a transferência do meu amor não saia vou ter que me decidir entre minha estabilidade profissional e minha família. Será que alguém pode me aconselhar? Tudo começou quando, morando em Salvador, eu fiz um concurso para professor do estado e optei por uma vaga no interior do estado, na cidade onde nasci, a 400 km da capital e onde moram alguns parentes meus, pensei que fosse fácil, afinal de contas meu marido não estava satisfeito com seu trabalho, era uma ótima oportunidade para nossa família se estruturar. Mas nesse meio tempo, entre a inscrição, prova e resultado do concurso, meu marido foi convocado para uma vaga para a carreira que ele sempre sonhou: Militar, também servidor do estado. Ele assumiu a vaga e só depois saiu o resultado do meu concurso: 1º lugar, só tinha uma vaga para minha área: Professora de espanhol. E foi aí que surgiu o dilema, se eu ia assumir ou não. Depois da pressão da família, resolvi assumir. Fui embora, deixei minha casa, meu marido, minha filha e meu coração em Salvador. Depois de 3 meses morando com uma prima, meu anjo, aluguei um apartamento e trouxe minha mudança e minha filha, meu marido ficou na casa da mãe. Nos vemos a cada 15 dias, as vezes 20, já ficamos 1 mês sem nos ver. É triste, tem dias que acordo muito deprimida, me sinto muito só, minha filha tem 8 anos e nunca se adaptou. Sinceramente não sei o que faço, mas sei que quando acabar esse ano letivo vou tomar uma decisão, não está valendo a pena tanto sacrifício.
Milena Oliveira
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