Flores do Meu Jardim

quarta-feira, 26 de março de 2014

Parto normal após cesárea. Sim, você pode…

Olá meninas!

A ideia desse tema surgiu porque tenho visto muitas mulheres se fazendo a mesma pergunta: Posso ter um parto normal (vaginal) depois de ter feito cesárea? Sim! Quando eu decidi ter meu segundo filho também decidi que seria normal, mas aí surgiram vários comentários do tipo: Você não pode! Seu útero pode se romper! Etc. 

Mas eu não sou de me dar por vencida facilmente, fui pesquisar e encontrei o Blog PNAC - Parto Normal Após Cesárea, simplesmente amei o que li. Então separei algumas duvidas mais comuns, mas se vocês quiserem ver relatos na íntegra acessa lá: PNAC.




Depois de uma cesárea, posso ter um parto normal?

A resposta é SIM. Como regra o parto normal sempre é mais seguro que a cesariana, uma cirurgia que têm suas complicações já conhecidas. (Veja artigo sobre riscos da cesárea). Existe risco de complicação de aproximadamente 0,6 % a cada vez que uma mulher é operada. De modo geral, a cesárea tem 4 vezes mais risco de morte materna e 10 vezes mais risco de morte neonatal. Essa taxa se repete no mundo todo, independente das condições tecnológicas em que são feitas as cesáreas.

No caso do parto normal após cesárea (PNAC), o principal risco é o de ruptura uterina. A taxa de ruptura uterina nos PNAC é de 0,5%. Caso ocorra uma ruptura, a mulher deve ser imediatamente operada para que o bebê seja retirado e a abertura seja fechada. No entanto deve-se lembrar que a ruptura uterina também ocorre em mulheres que nunca engravidaram ou foram operadas, bem como antes do início do trabalho de parto.

A questão primordial é: não existe parto sem risco, não existe nada na vida sem risco. Viver tem sua taxa de risco, mas deixar de viver não é uma opção. Quando uma mulher (ou um médico) opta pela cesárea para evitar a ruptura, ela não está eliminando o risco. Ela está trocando uma taxa por outra.

Quem então deve escolher se vai ter um parto normal ou cesárea?

Obviamente é a mulher, pois ela é quem deverá assumir as consequências de sua escolha. O médico será seu parceiro nessa escolha. É quem vai estar atento caso seja necessária uma intervenção, nos raros casos em que isso aconteça.

Porque então os médicos dizem que depois de cesárea é arriscado um parto normal?

Duas razões principais: a primeira é que obstetras são cirurgiões. Bons cirurgiões. Não são necessariamente bons parteiros e a maioria deles tem o olhar treinado para a anormalidade e não para a normalidade em suas mais variadas formas. A segunda é que a maioria dos médicos privados no Brasil prefere o parto cirúrgico de qualquer forma, tanto no primeiro parto, com nos seguintes, a qualquer idade ou situação de saúde. Isso é facilmente constatado pelas pesquisas recentes e pelas atuais taxas de cesárea. A questão médica normalmente acaba sendo: como justificar a escolha da cesárea? E se uma mulher já tem uma cesárea prévia, então já há uma justificativa pronta.

É verdade que o Parto Normal após Cesárea só pode ser feito com fórceps?

Não, essa informação está totalmente equivocada. Muitos médicos dizem isso, e sabem que diante dessa ameaça a maioria das mulheres opta por uma cesárea eletiva. A verdade é que o uso do fórceps só deve ocorrer em caso de sofrimento fetal agudo. É um evento muito raro. Muito mais eficiente do que o uso do fórceps é permitir que a mulher fique semi-sentada, com o corpo o mais ereto possível, de preferência de cócoras, para ter força de expulsão. Infelizmente o fórceps tem sido muito mais utilizado por causa da ansiedade da equipe do que pela necessidade real.

Eu posso tomar anestesia em um Parto Normal após Cesárea?

A princípio pode, mas como em qualquer parto, deve ser usada em casos restritos, pois ela pode induzir o aparecimento de efeitos indesejáveis como a perda da força de expulsão, a desaceleração do trabalho de parto, a queda da pressão arterial e outros efeitos também sobre o bebê. No caso de se optar pela analgesia, ela deve ser a mais fraca possível (como em outros casos). Primeiro para afetar o menos possível o risco de desaceleração do parto e assim não haver necessidade de se usar ocitocina para correção do ritmo das contrações. Em segundo lugar, caso ocorra um raro evento de ruptura, a mulher poderá dizer que algo aconteceu.

Espero que tenha ajudado! Beijos férteis para todas.

Milena Oliveira




Como está tudo por aqui...

Olá meus amores,

Tem muito tempo que eu não posto, estou passando por momentos delicados, depois da perda fiquei muito bloqueada em relação ao assunto "engravidar", pois é, não está sendo nada fácil aceitar tudo, as vezes fico me perguntando várias coisas: Porque não consigo engravidar? Porque perdi meu bebê? Porque meu coração está nessa angústia constante? 

Recentemente me consultei com o ginecologista novo, Dr Marcelo, ótimo profissional, solicitou uma ultra transvaginal e receitou anticoncepcional, caso eu decida fazer uso. Optei por não usar e deixar as coisas acontecerem. Fiz a ultra e está tudo normal, ou seja, nada me impede de engravidar. Mas porque não acontece?

A pior parte dessa vida de tentante é ficar sabendo das notícias de conhecidas que estão grávidas, não é inveja, é a sensação de impotência, sabe? É ficar se perguntando: Porque não eu? Semana passada eu surtei aqui em casa, chorei até não ter mais lágrimas, já tinha brigado com meu marido por ele ter feito um comentário infeliz sobre o assunto, ficamos 4 dias sem nos falar e para piorar tudo a maldita da menstruação chegou 4 dias antes do dia previsto. Estou em um nível de estresse altíssimo. 

Vou retornar ao médico para mostrar os exames e vou pedir acompanhamento psicológico, não estou mais conseguindo dominar essa sensação de tristeza que está tomando conta da minha vida, prejudicando meu casamento e trazendo muito estresse a todos ao meu redor.

Quanto aos medicamentos? Estou tomando Ácido fólico há dois meses, vou voltar a tomar a Metformina e esse ciclo vou fazer uso do Indux. Seja o que Deus quiser!  

Beijos férteis para todas!



Milena Oliveira